Produtos

AZEITES DA BEIRA INTERIOR (Azeite da Beira Alta, Azeite da Beira Baixa) - DOP

Tipo

Azeite

Região

Centro

Descrição

Apresentam características que permitem a sua classificação como azeite virgem extra e azeite virgem nos termos da Regulamentação Comunitária. Dadas as características organolépticas e as variedades de azeitona, os Azeites da Beira Interior integram duas áreas geográficas diferentes: - Azeites da Beira Alta – DOP: obtêm-se sobretudo da azeitona das variedades Galega, Cornicabra, Carrasquenha, Negrinha, Madural e Cobrançosa; - Azeites da Beira Baixa - DOP: Obtêm-se sobretudo da azeitona das variedades Galega, mas também da Bical e Cordovil.

Variantes

- Azeite da Beira Alta - DOP; - Azeite da Beira Baixa - DOP.

Particularidades

Azeites de baixa a muito baixa acidez, com cor amarela levemente esverdeada a amarela clara, com sabor a fruto.

História

Segundo Vitorino Magalhães Godinho citado em História de Portugal e a propósito do Portugal Económico, "....no século XVIII o azeite predominava na Beira Interior...." . O mesmo livro refere que "A guerra da Independência destruíra grande número de olivais... com o regresso da paz (1668) voltaram a plantar-se oliveiras .... na Beira Baixa. O azeite vendia-se com bons lucros para o Norte Europeu e no século XVII alcançava de um sexto a um sétimo de todas as exportações que saiam das barras de Lisboa e do Porto.... mais importantes foram as mudanças na paisagem rural e na riqueza dos povoados causadas pelo surto de novos olivedos no Ribatejo, na Beira e em parte do Alentejo".

Saber fazer

A colheita é programada de forma que os produtores servidos por um mesmo lagar não necessitem de recorrer a um armazenamento prolongado da azeitona. O planeamento da colheita tem em atenção o grau de maturação e o estado sanitário dos frutos. Os frutos caídos, quando recolhidos, não são misturados com os restantes. A azeitona é limpa no terreno e ensacada ou colocada em caixas de transporte para seguir para o lagar. Devem, de preferência, empregar-se embalagens rígidas, perfuradas e sobreponíveis, que impedem o esmagamento e permitem uma boa circulação de ar, evitando-se assim fermentações indesejáveis. Após chegada ao lagar a azeitona é dividida em lotes de acordo com a qualidade e laborada, não ultrapassando o período de armazenamento 3 a 4 dias para evitar fermentações, hidrólise da gordura, aparecimento de bolores, etc. A azeitona é limpa e lavada para remover corpos estranhos (ramos, folhas, pedras e terra). Em seguida é moída tendo em atenção que o grau de moenda depende da cultivar e do estado em que se apresenta no lagar, que o arejamento e contacto com resíduos metálicos devem ser evitados pois podem originar oxidações e que deve observar-se um rigoroso controlo da temperatura e da formação de emulsões. Após a moenda procede-se à batedura da massa, tendo em atenção que a temperatura deve situar-se entre 25 e 30 ºC. A separação (decantação/centrifugação) depende do sistema utilizado, clássico ou contínuo, devendo ter-se em especial atenção a temperatura da centrífuga. O azeite é armazenado em recipientes de aço inoxidável ou de resina vitrificada, a uma temperatura entre 14 e 18 ºC. Uma vez que os resíduos acumulados no fundo dos depósitos são a principal fonte de alterações sofridas pelo azeite durante o armazenamento, o azeite deve periodicamente ser submetido a operações de mudança de recipiente, retirando-se do fundo as impurezas (borras) que entretanto se depositaram. Segue-se a operação de filtração pouco antes da embalagem e cuja finalidade é eliminar impurezas, nomeadamente colóides hidratados dispersos no azeite. A embalagem é feita em recipientes inertes do ponto de vista químico.

Produção

Produzido na área geográfica constante do Despacho nº 59/94 de 03-02; Reconhecida a Denominação de Origem pelo Despacho acima referido; Registada e protegida a Denominação de Origem pelo Regulamento (CE) nº 1107/96, de 12-06; Rectificado pelo JO L290/1996, de 13-11.

Área geográfica de produção



Concelhos

ALMEIDABELMONTECASTELO BRANCOCELORICO DA BEIRACOVILHÃFIGUEIRA DE CASTELO RODRIGOFORNOS DE ALGODRESFUNDÃOGOUVEIAGUARDAIDANHA-A-NOVAMANTEIGASMAÇÃOMEDAOLEIROSPENAMACORPINHELPROENÇA-A-NOVASABUGALSEIASERTÃTRANCOSOVILA DE REIVILA VELHA DE RODÃO

Forma de utilização

Culinária tradicional: receitas de carnes (maranhos), peixes do rio, papas, caça, aves, bolos (cavacas, biscoitos de azeite, bolos de Páscoa, filhós), etc

Apresentação Comercial

Os Azeites da Beira Interior só podem ser comercializados devidamente acondicionado em embalagens de origem; - ROTULAGEM: sem prejuízo do disposto na legislação aplicável sobre rotulagem, dela devem constar, ainda, consoante o caso, uma das seguintes menções: Azeite da Beira Alta - DOP ou Azeite da Beira Baixa - DOP, o respectivo logótipo comunitário, e a marca de certificação aposta pelo respectivo organismo privado de controlo e certificação (OPC).

Disponibilidade ao longo do ano

Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez

Bibliografia/Fonte

Texto e fotos extraídos de: - “Produtos Tradicionais Portugueses”, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural, Direcção-Geral de Desenvolvimento Rural, Lisboa 2001, Coordenadora Geral – Ana Soeiro

Produto

AZEITE DE MOURA - DOP

O "Azeite de Moura" possui as características que permitem qualificá-lo como azeite virgem extra e azeite virgem nos termos da Regulamentação Comunitária. Obtido, por processos mecânicos, a partir de azeitonas das variedades Cordovil, Verdeal e Galega. É um azeite de acidez baixa ou muito baixa, de cor amarela esverdeada. O aroma e sabor que lhe são próprios são devidos às variedades Galega e Verdeal. O alto teor de ácidos monoinsaturados provem principalmente da variedade Cordovil.

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